sexta-feira, 25 de junho de 2010

Repente

Aí vai outro, dos anos 2000, feito durante uma aula de cursinho (sim, eu cabulei aula, confesso... se é uma justificativa, a aula era Geometria Analítica, affff)



Repente
...e o céu prenuncia a tempestade.
E toda a secura, toda a espera,
Todo esse vazio repleto de mil nadas
dentro de mim... e não faz chover.
Tudo que é latente, doce e denso,
Tudo que é vivo, sereno e selvagem
Se confunde em imscíveis cores.
De repente, raios e trovões e ventos.
O céu, de manso azul cinzento que era
reflete agora esse tom púrpura e sanguinolento,
furioso...
E cai a chuva, de tal modo dona de si.
A terra a recebe, como se esperasse há muito
e se abrisse para tal... como a espera doentia
po algo que certamente não viria
e numa bênção aparecesse, de repente...

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Um caderninho, tanto sentimento...

Se é pra começar, então um, dois, três, já...
Comecei a escrever quando menina, meio sem querer. Um concurso de redação, em que o tema era o meio ambiente. Pronto, escrevi, venci. Virei uma celebridade-relâmpago em época pré-Big Brother! Conseqüência: a partir de então, me sentia "obrigada" a escrever sempre.
Claro que muita coisa a gente joga fora, minha grande amiga Clarice (sim, a Lispector, minha amiga póstuma com quem jamais pude compartilhar uma tarde de café e fofoca) , pois a Clarice disse: o melhor amigo do escritor é a lata de lixo.

O que ficou de então? Um caderninho, antigo e bem guardado, que eu custava a querer mostrar. E agora, essa se-mostração na web... mistérios!

Vou postando devagar....


A poesia derramada e solta
Eu a catei do solo e enchi as mãos
E se soube dela fazer pão,
Ah... A minha fome não cessa.

E continuo juntando,
Tais folhas de outono, palavras.
Com elas, brinco, rio,
Com elas me conheço e amo.

Poetando lembrando:
Mesmo a dor latejante
Vale um poema-sentido.