quinta-feira, 2 de maio de 2013

Ah, que fiquei velha de repente.
Não, o tempo não passou. Não dormi, mas acordei velha.
Vai ver que passa: dorme acorda dorme acorda.
Vai ver assim que tem que ser.


As tramas que o tempo urde.
Os dramas que o tempo carrega.
As rugas que o tempo regra.
As regras que o tempo quebra.

      A seu tempo, todo fogo é fátuo.
      A seu tempo, toda água é turva.
      A seu tempo, todo ar é escasso.
      A seu tempo, o real se perde/ pede/ pode?

Verdades e incertezas,
Vaidades e desconcertos,
Vontades e desencontros,
Vertigens e desencantos.

    (Sem rima sem métrica, o poema
    No entanto se move, respira, e se vive
    Já não cabe em si, denso e livre,
    No papel, largo e lasso, se esparrama)

Sobre o tempo: sobra tempo?
E eis que dia e noite não são
Nem menos nem mais que imprecisão
A contar o incontável: momento.



*( E tem até data:23/08/99!!)

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